quarta-feira, 1 de abril de 2009


Hoje não estou, não me sinto! Não me existo! Fechei-me na concha, bem no fundo do mar, Apenas olho em redor e me limito a odiar, Já que ser amada não me é possível...desisto!!! Desisto de procurar o que sei que não vou encontrar; Desisto de tentar acabar o que nunca comecei, O que apenas sonhei e, sem sequer ter, tanto amei, Tanto desejei, como a lua que deseja o mar!!! Hoje não penso, apenas relembro o que já passou; Não choro, apenas me escorrem lágrimas de dor Repletas de sonhos dilacerados e feridas de amor. Hoje não sou eu, sou ninguém que em mim estagnou. Hoje é como um ontem, como um amanhã Já tão vivido, sentido, tão perdido e esquecido; Hoje é uma página branca no meu livro entorpecido Onde guardava as minhas mágoas pela fria manhã... Hoje sou o nada, sinto o nada! E o nada é tudo isso Que vejo, que sinto… que futuramente verei e sentirei Na vida vazia que levei e forçosamente levarei... Ontem tentei, joguei e perdi! Hoje...Desisto! Amor não foi feito pra mim

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