quinta-feira, 4 de junho de 2009


Depois do sol...







Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério. . .








Tudo imóvel. . . Serenidades. . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!







Oh! Paisagens minhas de antanho. . .
Velhas, velhas. . . Nem vivem mais. . .
- As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .








Seres e coisas vão-se embora. . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora


Pelos silêncios a sonhar. . .












Cecília Meirelesa

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