quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quero roçar palavras dançadas na mente...
Inebriar o pensamento com o deslizar da carne...
Quero sorver o gosto do toque sensual...
Quente, vermelho, fogo...
Rodopiar, beijar, nossos corpos suados, dados...
Suspender o tempo, roçar, no deslizar do vento...
Repetir nos sentidos da musica, passos voados, levados...
Ai..ii... sentir o corpo estremecer...
E neste prazer ficar, demorar até doer...




Deixo que teus versos
Acariciem meu pescoço
Para que cada palavra de sua boca
Busque os segredos profundos de minha pele.


Em verbos e adjetivos
Mapearás a geometria de minhas formas
Delirando entre sonhos e verdades
E desejos
E loucuras
E vivências.
Entre o toque da caneta no papel
E o de minha língua em tua língua
Vai uma distância tão curta
Que escala alguma representará.


Derrubando fronteiras
Com rios de prosa e versejar
Traçarás meandros de corpos em corpos
Estremecendo as atmosferas de nossos toques.


E quando o último verso seu
Escorregar de minhas pernas
Eu me afastarei
E contemplarei
Cada linha eterna de você Meu Homem,
Eternamente gravadas em mim.
E saberei não haver distância
Entre minhas palavras e tua boca.

(Paulo Mont"Alverne com as devidas modificações)